Soneto XVI
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Num só, que eu, talvez, não sinta em vão.
Que não é a mulhér que amo e cante
Quando amo, mas um ritmo, um impacto
Do amor na mulher, a substância do encanto
Que espero, fé na fé com que esperei.
Se amo, é impossível como prova
Do não-amor, mas como um fogo clama
Que não sou eu quem ama, nem se ama
Que sou o amor. Da deixa quem se amou
Quando uma mulher passa: que se pousa
Cantando, fui só eu quem por ela sou.